Educar para não alienar

A educação tem por principal base o aluno, e o professor o mediador no processo de ensinar e aprender. Entretanto a constante desvalorização do mesmo tende a complicar o campo do saber, salários baixos, falta de investimento na qualificação e formação pedagógica de baixo nível, resulta na desvalorização do ensino e do docente.

Estamos no século XXI, com o passar dos anos houve várias mudanças na profissão de professor, as transformações ainda estão longe do que deveria ser. A pouco tempo atrás a falta de interesse pela formação do professor fez com que a educação ficasse comprometida, pois a ideia de que os educadores não necessitavam de uma formação era um fato comum na sociedade. Mas este conceito está mudando, temos a oportunidade de ótimas formações em boas instituições, que ensinam não só como ensinar, mas prepara também o professor para um mundo de possibilidades. Hoje já não basta somente ter jeito com as crianças mas, sim ter uma boa formação, que inclui, qualificação, formação pedagógica, ética e política. O professor é visto hoje como transformador, auxilia e estimula o aluno a mudar e fazer a diferença, a educação o transforma para construir um mundo melhor.

A escola é um espaço neutro, onde o professor ensina e prepara os alunos para a construção de uma sociedade igualitária e mais crítica, tendo sempre o cuidado de respeitar a individualidade de cada aluno, pois vivemos em um mundo multicultural. O trabalho do professor, dentro da organização escolar é focado na dinâmica aplicada nas disciplinas para um processo cultural e histórico que humaniza e o torna sociável dentro do seu “habitat”, seja crenças espirituais, materiais ou gêneros.

A ideologia é uma teoria ou um conjunto de ideias, opiniões, crenças, geralmente são elaborados em um sistema de ideias para explicar uma realidade social, mas a verdade é que as vezes é a realidade que explica determinadas ideias. Porém a questão da ideologia, que é a exclusão da realidade para favorecer uma determinada classe social, é um problema tão sério, que o trabalho de condicionamento é tão bem feito e arcaico, que as pessoas (membros das classes dominantes) acham muito natural, além de uma hipocrisia da verdadeira realidade, o homem cada vez mais aliena a si próprio, de sua verdade, de seu trabalho, da sua educação, pois somos nós que criamos as relações sociais.

“O homem moderno criou a máquina, tornou-se seu senhor; mas na realidade vive, hoje, como seu escravo, correndo para seguir seu ritmo.” Erich Fromm

A escola não pode se defender da ideologia, pois encontra-se dentro e fora dela e é estabelecida de várias maneiras, portanto a educação em suas formas de ensino em parte transmite e fortalece a ideologia sendo base para a formação de seres alienados.

A escola as vezes trabalha suas atividades intelectuais, sociais, culturais e politicas em prol da classe dominante, dificultando a transformação de uma sociedade na construção da liberdade e da desigualdade social, dificultando com isso que tenhamos um mundo e um país mais justo. Para que isso aconteça é preciso ser revisto e modificado as formas de ensino, iniciando a formação de alunos nos fundamentos científicos das diferentes técnicas que caracteriza a formação de seres criticamente reflexivos e preparados para enfrentar o mundo.

“Alienação é um processo pelo qual uma pessoa vive para o outro e para a realidade do outro. Perde-se a consciência de si mesmo e da sua realidade e vive-se em função do outro e de outra realidade.” Ronildo Brites

Referências bibliográficas

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofia da Educação. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2006.

Fonte da imagem: Um animal racional

Autores: 

Jennifer Munique D. Costa    RA 6820478610

Alyne Furtado                            RA 1299514241

Isabel Desete da Silva              RA 6820477026

Edna Soares Machado             RA 6814000763

Sandra Aparecida Fermow     RA 6814013141